Os registros históricos apontam que o
compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), seguramente o mais
importante músico de todos os tempos, encontrou em Weimar, cidade da Alemanha, um dos períodos mais
fecundos de sua vida pessoal e profissional.
Assim, em 1714, paralelamente ao nascimento de
seus primeiros filhos – Catharina Dorothea, Wilhelm Friedemann e Carl Philipp Emanuel -,
o jovem Bach, que contava à época 36 anos de idade, já recebia um salário generoso como Konzertmeister (Mestre de Concertos) junto à corte do duque Wilhelm
Ernst e arrancava aplausos entusiasmados do público que admirava seu talento virtuoso
como organista.
Foi nesses idos que Bach, em meio à riqueza
das cantatas que escrevia, sofreu influência decisiva da ópera italiana e de
alguns artistas contemporâneos do período barroco. Antonio Lucio Vivaldi (“il
prete rosso”) foi um desses compositores que influenciaram uma mudança no
estilo de compor de Bach.
Prova da influência capital que o compositor
italiano exerceu sobre o estilo do alemão encontra-se na transcrição que Bach fez para o cravo solo do Concerto para violino em Ré Maior (RV 230) de Vivaldi. Na obra bachiana, essa peça toma o título de Concerto
em Ré Maior (BWV 972).
Essa foi apenas uma das 22 transcrições que Bach fez no período fecundo que passou em Weimar. Das 22 obras, seis foram dedicadas ao dueto de cravos (BWV
592-596) e outras dezesseis ao cravo solo (BWV 972-987).
O Concerto
em Ré Maior (BWV 972), tal como transcrito por Bach, apresenta três
andamentos vigorosos: (I) Allegro; (II) Larghetto; (III) Allegro. Ele é
bastante popular em nossos dias. Assim, pode ser encontrado nas mais diversas
gravações. Há desde a transcrição original para cravo solo, passando pelo
arranjo para instrumentos da família dos metais, até transcrições para o violão
erudito.
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