sábado, 3 de junho de 2017

CRESTOMATIA POÉTICA ERUDITA: "Nenhum homem é uma ilha", de John Donne (1572-1631), poeta inglês


ANALECTO DO INTELECTO: José Saramago (1922-2010), escritor português


CRESTOMATIA POÉTICA ERUDITA: "O grande desastre aéreo de ontem", de Jorge de Lima (1893-1953), poeta brasileiro


"ESCOLHA SER HONESTO. ESCOLHA SEMPRE OS LIVROS.": uma campanha do blogue Metamorfose do Mal contra a ganância, a cupidez e o arrivismo


MÚSICAS QUE RECOMENDO: Suíte da ópera "Carmen" (1875), de Georges Bizet (1838-1875)

Retrato do compositor francês Georges Bizet.

No dia 3 de junho do ano de 1875, morria prematuramente o compositor francês Alexandre César Léopold Bizet, conhecido em arte pelo seu nome de batismo de 1840, isto é, Georges Bizet.

O passamento precoce interrompeu a promissora carreira de Bizet como compositor erudito, notadamente versado em óperas, no prestigiadíssimo circuito parisiense do século XIX.

Sua obra mais famosa é "Carmen", ópera dividida em quatro atos e baseada na novela escrita pelo seu compatrício romântico Prosper Mérimée em 1845.

Com sua dança e beleza pulquérrimas, a cigana Carmen seduzia todos os homens.
Em destaque, Carmen a dançar, imaginada pelo ilustrador britânico James E. McConnell.   

Curiosamente, quando de sua estreia, em 1875, no Teatro Nacional da Ópera Cômica ("Théâtre national de l'Opéra-Comique"), "Carmen" revelou-se um grande fracasso de público. A recepção da crítica também não foi das mais arrebatadas, o que me leva a matutar se não haveria um padrão obliterativo para grandes obras fracassarem frente aos homens do seu tempo.

O insucesso de sua maior obra em Paris agravou o quadro depressivo de Bizet. A depressão, somada ao seu problema laringal crônico, contribuiu para o falecimento precoce do compositor em 3 de junho de 1875, fulminado por um ataque cardíaco. Na data da sua morte, Bizet estava a contar apenas 36 anos de idade.

O tempo, todavia, tratou de remir a arte de Bizet do esquecimento injusto. Na atualidade, "Carmen" é mui provavelmente a mais famosa de todas as óperas já escritas, a gozar de popularidade insólita junto ao grande público. Mesmo o ouvinte incauto, não habituado à dinâmica operística, costuma encantar-se com facilidade pelas melodias da suíte que musica o drama da cigana espanhola ardente e sedutora.

Indubitavelmente, "Camen" é um clássico atemporal. O fato de ela, hoje, ter-se convertido numa obra de encenação obrigatória em todas as casas de ópera do mundo só serve para atestar o legado artístico imenso deste compositor brilhante chamado Georges Bizet.